sou uma menina que quer ser encantada pelas palavras, pelo mundo, por tudo o que existe lá fora e aqui dentro. aqui, quero encantar, nem que seja a mim mesma. quero escrever o que for, o que vier, sem receios ou limites, sem pudor, escrever apenas.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
nua
quando eu andava nua na rua crua de sombra da árvore, o vento me vestia ao mesmo tempo em que me despia daquela energia que não era minha. o pesado virava levinho. a minha roupa era o vento. meu alento por dentro da pele, dentro do peito, em cima do leito. meu músculo não reprimia meus sentimentos por dentro da carne. eu não tinha roupas, ou muros, ou cercas. eu não cabia em fôrmas. porque eu era do tamanho de tudo o que é livre, de tudo que é ar, de tudo que é vento.
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nossa, que bonito clarinha.
ResponderExcluirfiquei feliz de vir aqui e encontrar novas coisas escritas.
lindo!
ResponderExcluirDemais Clarinha...
ResponderExcluirque lindo Clara! Parece coisa da Clarice! ;)
ResponderExcluirFico arrepiada toda vez que leio esse pedacinho de você!
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