terça-feira, 26 de outubro de 2010

por si só

tenho sentido vontade de escrever sobre aquele vaso vazio de plantas, o botão largado no canto do quarto e o suor que escorre direto para o chão. não sobre a ausência da flor, da blusa e da pele. vejo sentido no que é por si só, sem nexo ou necessidade de explicação e complemento. não precisa ser grande, ou importante, ou apaixonante, ou qualquer outra coisa. só precisa ser escrito, se vem de dentro.

Um comentário:

  1. Uma desculpa pra comecar: você vai reparar que as vezes não acentuo algumas palavras e alguns outros erros. Isso é por causa do maldito teclado suíco. Tá vendo? não dá pra colocar o cidilha...
    Enfim, concordo em gênero, número e grau. E se, em funcão disso, eu me decorre-se num texto longo e dissertativo sobre o assunto, seria já um equivoco. Porque quando notamos situacões, impressões, sentimentos que são por si só, é necessario, simplesmente, mover-se apreciando, sentindo, olhando, o que seja, sem adicionar ornamentos, justificativas, porquês...
    Esses artifícios da mente ocupam lugares dentro de nós que, na verdade, necessitam estar vazios, livres para o ar circular, fluir. A caverna dentro da gente é quente, fria, escura, clara, densa, leve...tão grande e as vezes, ilusoriamente, tão pequena. Todas essas possibilidades nos atordoam, nos fazendo querer buscar uma maneira de ser, aquela, e só. E isso só faz o rio deixar de fluir, não renovar-se.
    E quando nos deparamos com o momentos das coisas "por si só" é quando o rio corre mais forte, e a caverna fica mais ampla, plena.

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